A IMPORTÂNCIA DOS DIAS CRÍTICOS

        Os dias mais importantes analisados num Bio-Ritmo são os chamados "Críticos", também denominados "de transição" ou ainda de "desequilíbrio biológico". Eles acontecem quando cada Ciclo passa de Positivo para Negativo ou vice-versa, o que ocorre na metade, ou seja, aos 11,5 dias do Físico, 14 dias do Emocional ou 16,5 do Intelectual e no final de cada período. Indicam um potencial energético incerto, oscilante, passando de uma para outra situação, tornando o período imprevisível e por isso, de maior risco. É quando torna-se necessário redobrar as precauções, as quais variam de acordo com qual (ou quais) dos Ciclos se encontra(m) em tal posição.

        A tendência é de apresentar-se comportamento inesperado, estado geral anormal ou desempenho bem abaixo de nossas reais potencialidades. Outra expressão utilizada para esse fenômeno é o de "capacidade zero", que acentua-se na hora em que se nasceu (momento exato em que os ciclos começam e terminam pelo resto da vida). O termo "dia Crítico" inspira um entendimento equivocado como "perigoso" ou "fatal", mas isso não reflete nem define com exatidão seu verdadeiro ou total significado. A melhor comparação que conhecemos é do Bio-Ritmologista americano George S. Thommen, em seu livro "Is This Your Day?" (É Hoje o Seu Dia?).

        Uma lâmpada comum pode ficar acesa em média, cerca de mil horas, até que um dia, ao ser ligada e sofrer um choque de energia, ou ao ser desligada e ter uma queda brusca de eletricidade, seu filamento rompe, "queima". Essas altas e baixas de carga, comparadas às fases Positiva e Negativa dos Bio-Ritmos, indicam que cuidando especialmente esses momentos delicados, pode-se aumentar a durabilidade tanto da lâmpada como de nossa própria vida. Isso se faz adotando cautelas quando estamos de tal forma a favorecer toda sorte de problemas do dia-a-dia. Há lâmpadas que duram muito acima dessa média, como outras funcionam muito menos e isso também acontece com as pessoas: tudo depende do cuidado.

        Em outras palavras: não se registram fatos graves em todos os "Dias Críticos", mas as fatalidades, quando acontecem, são exatamente nessa transição Bio-Rítmica. Eles representam cerca de vinte por cento dos dias vividos, apenas. Entretanto, conforme mostra o Gráfico de Ocorrências, mais de noventa por cento dos acidentes e mortes são registrados nesses poucos Críticos e Semi-Críticos (os dias antes ou depois). Com cem por cento de precisão nas datas de nascimento, esse índice atinge uma proporção absoluta, pois em torno de dez por cento das pessoas são registradas em datas posteriores à verdadeira. Essas incorreções aumentam na medida inversa do tempo, da cultura e do grau de desenvolvimento do local de origem de algumas pessoas (fazendas, lugarejos, etc.), onde a precariedade dificulta os registros.

        Embora seja algo óbvio, é necessário lembrar-se que os dias Críticos variam de intensidade nos seus efeitos, de acordo com a posição que os demais Ritmos se encontrem dentro da data analisada. No caso de só um deles cruzando o eixo central, com os outros dois no lado Positivo, não é de esperar-se conseqüências muito fortes. As precauções devem aumentar à medida que os outros já se encontrem no lado Negativo, ainda mais se estiverem também próximos (ou juntos, na mesma situação), assumindo papel de REALMENTE CRÍTICO, pode-se assim dizer. Por exemplo, um Ciclo no Crítico, com os outros dois já Negativos, portanto, implica em atitudes preventivas muito mais rigorosas.

UM DESAFIO AOS INCRÉDULOS

        Estas estatísticas, embora fruto de mais de 130 anos de pesquisas nesse campo, podem ser desprezadas e novamente repetidas e comprovadas com facilidade: basta anotar-se as datas de nascimento de todas as pessoas levadas a um pronto-socorro, em qualquer dia ou cidade que se escolha, experiência que fizemos pessoalmente. Feito o cálculo de seus Bio-Ritmos, seja manual ou por computador, teremos em mãos um novo levantamento a confirmar que não se trata de mera teoria. Infelizmente, boa parte das pessoas encaram qualquer tema pelo lado do "acreditar ou não" e normalmente só "botam fé" depois de ocorrer-lhe algo ruim num dia desses. Isso ocorreu em nosso próprio caso particular, sendo ponto de partida para aprofundar-nos no assunto.

        Outro exemplo, embora um tanto quanto macabro, é repetir a experiência que fizemos certa feita, ainda não de todo confiante na precisão das análises pelo Bio-Ritmo: no início da década de 90, tendo em mãos uma calculadora de bolso Casio BioLator, visitamos um cemitério, onde há um vasto material de pesquisa à inteira disposição, ou seja, milhares de datas de nascimento e as respectivas datas de falecimento. Depois de umas 300 simulações, os índices de acerto chegaram às raias do "fantástico", em alguns casos sendo até possível "desenhar o quadro mental" da ocorrência que levou algumas pessoas à morte.

        Um detalhe importante: à medida que retrocedemos no tempo, pesquisando datas mais antigas, aumenta a taxa de erro, o que atribuímos à imprecisão no Registro de Nascimento, cuja experiência pessoal situa numa faixa em torno de 8 a 10 por cento do total. Em nosso próprio caso, fomos oficialmente registrados (novamente) em 1967, como tendo nascido em 11 de Maio de 1959, pois nosso pai desejou colocar os filhos mais cedo na Escola, sendo a verdadeira data de nascimento o dia 11 de Maio de 1960, confirmada nos registros da Maternidade. Todos os gráficos elaborados com a data constante na Carteira de Identidade e Certidão de Nascimento, como não poderia deixar de ser "nunca funcionaram". É preciso, portanto, certificar-se ao máximo de uma possível incorreção na data contida nos documentos.

 OS DIAS SEMI-CRÍTICOS

         Para garantia maior, ao tomar-se providências nessas fases, ainda mais tendo-se em vista possíveis imprecisões quanto ao dia e hora de nascimento, tem-se por hábito considerar também os dias Semi-Críticos. Neles, devido à proximidade com as datas mais perigosas, as predisposições a falhas de reflexo, nervosismo, sistema imunológico, campo energético e outros, mantêm-se à tona, conforme observa-se no primeiro gráfico. Pessoas cuja data de nascimento são claras, não pairando dúvidas, tendem a diminuir essa margem de segurança, movidos por uma maior autoconfiança. Em outras palavras, correm menos risco de registrarem algum fato desagradável "na véspera" do indicado no Ritmograma.

        Portanto, nunca se deve esquecer também que o dia tem 24 horas. Parece elementar, mas o Dia Crítico absoluto só pode ser considerado para pessoas cujo nascimento ocorreu por volta do meio-dia de sua data de nascimento, o que é raro, conforme a tabela acima, resultado de mais de 600 mil registros de nascimento pesquisados pelo Dr. I. H. Kaiser, do Departamento de Obstetrícia da Universidade de Utah, apresentada na International Conference for Human Rhythms, em 1960. Aliás, a curva das horas de nascimento, em formato senoidal, lembra as próprias linhas do Bio-Ritmo.

        Pelo que se observa na tabela, estatisticamente, os nascimentos acontecem em maior quantidade à noite ou durante a madrugada. Por isso, na primeira tabela, as ocorrências de acidentes e mortes já aumentam significativamente nos dias que antecedem e também nos posteriores ao Dia Crítico "técnico", ou seja, naquele onde, matematicamente, os Ciclos se iniciam, chegam à metade e terminam. Em outras palavras, as pessoas nascidas, por exemplo, nas primeiras horas ou nas últimas horas de um determinado dia, tendem a apresentar sinais de Crítico, respectivamente, no final do dia anterior ou no começo do dia seguinte.

        Tecnicamente, os Ciclos completam suas curvas, na exata hora em que a pessoa nasceu e isto vale tanto para o "dia zero" como para o 23.º dia do Físico, o 28.º do Emocional e o 33.º do Intelectual, o que na verdade é uma coisa só, pois o final de um Ciclo é o início de uma nova fase. Observa-se ainda que ao completar metade de seu percurso, cada Ritmo atravessa novamente o eixo central, ou Crítico. A metade do Emocional, 14 dias, "cai" sempre no 14.º dia, que aliás, é sempre um dia da semana igual ao que a pessoa nasceu. Mas quanto ao Físico e Intelectual, cujas metades são respectivamente 11,5 e 16,5 dias e a importância da hora de nascimento se destaca mais ainda: uma pessoa nascida, por exemplo, às 11 horas, teria seu Crítico de "meia curva" às 23 horas (1/2 dia, ou seja, 12 horas, somados com mais 11 horas do nascimento).

        Outro detalhe é que os Críticos seguidos de fase Negativa (ou seja, "após as metades"), determinam a intensidade maior ou menor nesses momentos de instabilidade, representando algo como a "porta de entrada" da fase posterior. Não sendo devidamente cercados de atenções especiais, podem causar reflexos desagradáveis que serão sentidos no decorrer dos demais 11,5 (Físico), 14 (Emocional) ou 16,5 dias (Intelectual), ou seja, suas conseqüências, sem o devido controle, podem comprometer o aproveitamento de metade de cada Ciclo, o que equivale dizer a metade da vida. Isso é o caso típico de pessoas imprevidentes, que não usam o Bio-Ritmo (que afinal não é nenhuma "novidade"), vivendo sem qualquer planejamento, enfrentando toda sorte de "altos" e "baixos", sendo "levados pela vida".

"DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA"

        Esse ditado da sabedoria popular é a mais absoluta realidade dentro da ciência dos Ritmos Biológicos. Em pelo menos duas ocasiões por ano, os Ciclos temporariamente se alinham, passando a "caminhar juntos", ou próximos, num mesmo lado do gráfico. Isso tem uma duração máxima de 11 dias, devido à rapidez maior com que o Ritmo Físico faz suas evoluções. Mas quando essa junção acontece no lado Negativo, é aquelas fases da vida onde tudo tende a "dar errado", o organismo se debilita (cansaço, dores, ferimentos ou até mesmo alguma enfermidade), as emoções ficam "à flor da pele" (desentendimentos, desânimo, depressão) e a cabeça "esquenta" com tudo (indecisão, erros de interpretação dos fatos, fala-se o que não devia, confusão, etc.).

        A solução segue também o que popularmente já está consagrado: calma, paciência, relaxamento, "dar um tempo prá tudo" e esperar a "bonança" prometida após a "tempestade". E ela realmente vem, pois matematicamente, após fazer esse "passeio" pelo lado Negativo do gráfico, os Ciclos deverão atravessar, quase sincronizados, o lado Positivo, também por cerca de, no máximo, 11 dias também. É quando se conclui que a maioria dos "problemas terríveis" enfrentados dias atrás, não eram nenhum "bicho de sete cabeças" e tudo parece se resolver com facilidade, ainda mais contando-se com todos os Ritmos em boa fase.

        Mas, como veremos no Capítulo seguinte, até esses dias de auge merecem cuidados especiais, evitando otimismo exagerado e outras conseqüências desagradáveis. Mas a recíproca desse ditado também é verdadeira, ou seja, "depois da bonança vem a tempestade", pois a natureza está realmente em constante fluxo e refluxo: quando tudo está "dando certo demais", é bom precaver-se, fazer reservas e principalmente saber a hora de "parar de jogar", pois logo em seguida - obrigatoriamente - as linhas do Bio-Ritmo ainda descerão "ladeira abaixo" pela segunda metade - menos agradável - do gráfico. Diz uma frase num antigo calendário que ganhamos certa vez, editado pela filosofia oriental Seicho-No-Ie: "Quanto tudo está correndo bem é que precisamos redobrar a atenção e cuidado". Pela ciência dos Ritmos Biológicos, essa é uma verdade absoluta, como vimos acima.

        A seguir, matérias de diversas Revistas, onde pode-se avaliar a influência determinante que o Ritmo Emocional, sem controle, exerce sobre as demais reações humanas. As duas primeiras tem o título "Quando as Emoções Provocam Acidentes", publicada pelo Dr. Cyro B. Masci na Revista Vida & Saúde. Abaixo, reproduções da Revista La Pura Verdad, publicada por evangélicos da Califórnia, Estados Unidos. Idem, para a matéria final.

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